Estado já registra 232 mortes em nove meses de 2025; em 2024, foi o maior percentual do país e jovens representam quase 40% dos casos.
Enquanto os números de suicídio seguem em crescimento assustador em Mato Grosso do Sul, uma nova tecnologia desponta como esperança na prevenção: a neurometria. Só nos primeiros nove meses deste ano, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) já registrou 232 casos de suicídio no estado.
Em 2024, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o aumento foi de 72,5% em relação ao ano anterior, totalizando 287 mortes, contra 165 em 2023. Com uma taxa de 9,9 casos a cada 100 mil habitantes, Mato Grosso do Sul ocupa hoje a 7ª posição no ranking nacional, revelando um cenário crítico que exige novas soluções.
A neurometria surge nesse contexto como um recurso inovador capaz de identificar precocemente padrões cerebrais e fisiológicos relacionados ao sofrimento psíquico, como ansiedade, depressão e estresse, antes que estes se tornem evidentes no comportamento. Utilizando sensores, inteligência artificial e análise do sistema nervoso, a metodologia não apenas diagnostica desequilíbrios de forma mais precisa, como também oferece protocolos de treinamento cerebral que ajudam a reestabelecer o equilíbrio emocional e reduzir riscos de ideação suicida.
Evidências científicas apontam que alterações neurofisiológicas podem servir como marcadores de vulnerabilidade ao suicídio, reforçando a importância de métodos que antecipem a identificação de risco. Para o psicólogo e neurocientista Doutor Jefferson Luís Azevedo Morel, doutorando em Neurociências e Saúde Mental e referência nacional no tema, a neurometria representa um divisor de águas.
“A neurometria traz uma esperança concreta para a prevenção ao suicídio porque nos permite capturar sinais que ainda estão abaixo da consciência ou pouco manifestos, mas que indicam risco. Se pudermos identificar esses padrões cedo, seja por ondas cerebrais, respostas fisiológicas ou declínio cognitivo, podemos intervir de forma mais eficaz, antes que o sofrimento se torne irreversível”, explica.
Em um estado onde os registros de suicídio continuam a crescer em ritmo acelerado, investir em estratégias inovadoras como a neurometria pode ser determinante para salvar vidas e fortalecer as políticas públicas de saúde mental em Mato Grosso do Sul.
CUIDADO FAMILIAR
Além de tecnologias como a neurometria, o psicólogo e neurocientista Doutor Jefferson Luís Azevedo Morel lembra que a atenção da família e da rede de apoio é fundamental. “Mudanças bruscas de comportamento, isolamento social, falas recorrentes sobre morte ou inutilidade, alterações no sono e no apetite, queda no rendimento escolar ou profissional e perda de interesse por atividades antes prazerosas são sinais de alerta que não devem ser ignorados”, sinaliza.
Quem é Jefferson Luís Azevedo Morel?
Psicólogo clínico e neurocientista, Jefferson Luís Azevedo Morel é referência nacional em neurometria e saúde mental. Especialista em Análise Neurométrica pela Sociedade Brasileira de Neurometria, atua com foco na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), no comportamento humano e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas inovadoras.
Possui especializações em Neurociência e Aprendizagem e Distúrbios Neuropsicológicos, em Terapia Cognitivo-Comportamental e em Psicologia Clínica. É também doutorando em Saúde Mental e Neurociências pelo Centro Internacional de Pesquisa Integralize.
Ao longo de sua trajetória, Dr. Morel consolidou-se como especialista em ansiedade e suas linhas evolutivas, criando projetos autorais como o PPL (Programa Professor Líder e Profissional Líder), voltado ao desenvolvimento humano e liderança, além de ser o autor da TR3 (Teoria e Técnica dos 3 R’s), metodologia própria de intervenção terapêutica.
Com ampla experiência clínica e acadêmica, dedica-se à pesquisa, prática clínica e divulgação científica, tendo como missão promover saúde mental com base em evidências, inovação e cuidado humano.