Em 2022, o Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande (CCZ) registrou 1.165 acidentes domésticos com escorpiões. O número representa média de 97 casos por mês e pode ser ainda maior, considerando que há relatórios que ainda estão em fase de conclusão referente ao último ano, conforme o órgão.
Somente nesta quarta-feira (4) choveu quase metade do esperado para janeiro em Campo Grande. Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), em cerca de seis horas choveram 92,6 milímetros que representam 48,7% de todo o estimado de 190 milímetros de chuva no mês.
O período de chuvas, seguido de altas temperaturas, favorece para o aparecimento de animais peçonhentos, sendo o escorpião um dos mais comuns no ambiente urbano, alerta a médica veterinária da Coordenadoria do CCZ Ana Paula Nogueira.
Esgotos e encanamentos são os esconderijos preferidos dos escorpiões, mas eles também podem ser encontrados em frestas e rachaduras em paredes e pisos, caixas de passagem elétrica e pluviais, entulhos e materiais inservíveis acumulados nos imóveis.
Para evitar ou minimizar os riscos de acidentes, Ana Paula recomenda que as pessoas redobrem a atenção. “Os ralos e pias devem ser sempre fechados quando não estão em uso, a vedação de frestas e rachaduras, e utilização de equipamentos de proteção individual como botas e luvas ao manusear entulhos e lixos. Tomando estes cuidados, a gente diminui os riscos de acidentes com estes animais”, indica.
Em caso de picada, a orientação é para que as vítimas, sobretudo crianças, procurem uma unidade de saúde o mais rápido possível. A indicação é que, se encontrado, o animal peçonhento seja isolado em um pote e seja feito contato com o CCZ para identificação da espécie e orientações de manejo. O órgão dispõe de dois telefones disponíveis à população: 67 3313-5000 e 2020-1796.
