Um jovem de 21 anos, morador de Campo Grande, morreu após apresentar sintomas graves de intoxicação, em um caso que pode ser o primeiro de metanol registrado em Mato Grosso do Sul. O rapaz deu entrada na UPA Universitário na noite de quinta-feira (2), consciente, relatando mal-estar, náuseas e vômitos com líquido escuro.
Segundo relatos da família e do boletim de ocorrência, a ingestão de bebidas alcoólicas teria desencadeado os sintomas. Embora o documento oficial mencione que ele consumiu whisky no sábado e cachaça no domingo, tia e irmão afirmam que ele comprou uma garrafa de pinga na quarta-feira, misturou com suco e passou mal na manhã seguinte.
Ao chegar à UPA, ele caminhou até a triagem por conta própria, estava consciente, orientado e comunicativo, sendo classificado com cor amarela e aguardando no saguão. Cerca de 15 minutos depois, a situação se agravou: o jovem sofreu uma crise convulsiva, perdeu a consciência e foi levado para a sala vermelha, onde entrou em parada cardiorrespiratória.
A equipe realizou manobras de reanimação e intubação. Após 36 minutos houve retorno da circulação espontânea, mas o quadro piorou rapidamente, levando a uma segunda parada. Depois de 12 minutos de tentativas sem sucesso, o óbito foi declarado às 19h53. O histórico médico indica consumo de álcool desde os 12 anos.
Sobre a bebida ingerida, a mãe relatou à polícia que a garrafa foi comprada em um supermercado, enquanto o irmão afirmou que adquiriu a cachaça em uma conveniência a pedido do jovem, pois o comércio estava fechado.
A UPA reteve o frasco da bebida e coletou amostras de sangue e urina, enviadas ao Lacen (Laboratório Central) para análise toxicológica. A investigação segue para apurar a causa da morte, com suspeita de intoxicação alcoólica, possivelmente por metanol.
